
Vivemos em um mundo repleto de tentações e desejos que, muitas vezes, parecem dominar nossas decisões e ações.
Na tradição oriental, há uma ligação direta entre o segundo e o terceiro chakras e os temas dos vícios e desejos. O segundo chakra, chamado Svadhisthana, está localizado na zona abaixo do umbigo e rege as emoções, desejos, prazer e criatividade. É o centro dos impulsos que nos tornam humanos — é ali que reside a vontade de experimentar, sentir e criar conexões, mas também o risco de perder o controlo quando buscamos satisfação fora do nosso próprio eixo.
O terceiro chakra, Manipura, situado na área do plexo solar, dialoga com o poder pessoal, a força de vontade e a capacidade de decisão. Quando está equilibrado, sentimo-nos seguros, autónomos e capazes de escolher com clareza. Mas basta um desequilíbrio — causado por dependências, medos ou necessidade de validação externa — e perdemos facilmente o governo sobre nós próprios. É aí que nascem vícios de controlo, desejo de reconhecimento e até a dificuldade em dizer “não”.
Todos nós já sentimos o impacto destes centros energéticos: basta uma relação tóxica, um hábito alimentar compulsivo, a ânsia de agradar ou de ganhar poder. São zonas delicadas onde a nossa liberdade interior pode ser “invadida” por forças estranhas, e muitas vezes tornamo-nos escravos de impulsos, sem perceber de onde vêm. Reconhecer, sentir e harmonizar o segundo e terceiro chakras é o primeiro passo para reencontrar autenticidade, recuperar a autoestima e abrir espaço à verdadeira autonomia espiritualNeste artigo, vamos explorar como identificar esses vícios e desejos, entender sua origem e aprender a superá-los por meio do alinhamento entre mente e coração.
Os vícios são padrões repetitivos de comportamento ou necessidade que assumem o controlo da vida, seja através de substâncias, como álcool ou comida, seja por desejos emocionais, como a procura de aprovação, atenção ou controlo. O perigo reside em quando deixamos de decidir conscientemente, entregando a nossa liberdade interior a essas forças — acabam por governar o nosso campo energético, condicionando saúde, equilíbrio emocional e bem-estar.
Os desejos podem ser motores de criatividade e realização, mas sem autoconsciência tornam-se armadilhas: querer o que os outros têm, colecionar conquistas para mostrar ao mundo ou depender do reconhecimento externo para sentir valor. No fundo, todo o vício revela uma carência não resolvida, uma tentativa de preencher um vazio, acalmar um medo ou alcançar o sentido perdido. Reconhecer, sentir e transformar estes padrões é um convite à maturidade emocional e à verdadeira liberdade
Muitos continuam a associar o termo “vício” apenas a substâncias como álcool, drogas, comida ou jogos, esquecendo que há dependências muito mais subtis e, por vezes, devastadoras. O vício em atenção, aprovação ou controlo, por exemplo, consegue esconder-se nos comportamentos do dia a dia, disfarçado de necessidade de afeto, reconhecimento ou poder. Quase todos, sem perceber, já entregaram partes da sua autoridade interna a algo ou alguém, seja por medo de rejeição ou por puro hábito de agradar — e nem sempre reconhecemos até que ponto essa entrega molda as nossas escolhas e bloqueia a nossa liberdade
Quando damos poder a algo fora de nós — seja uma pessoa, uma substância ou uma necessidade emocional — estamos a entregar a nossa autoridade interna, permitindo que isso tome decisões por nós, muitas vezes sem a nossa consciência plena.
Quando cedemos o comando ao exterior, seja a uma pessoa, uma ideia, uma zona de conforto, ou ao desejo insaciável de aprovação, estamos a abrir espaço para que energias alheias governem os nossos estados internos. A cada momento em que o vício decide por nós, silenciosamente, faz-se sentir nas relações, na saúde emocional e até no corpo. É como se parte da nossa consciência entrasse em piloto automático, sendo dirigida por impulsos instintivos, traumas ou crenças antigas, enquanto o nosso poder pessoal se dilui e a nossa verdadeira voz fica adormecida
Já reparaste que, muitas vezes, aquilo que realmente nos prende não é um objeto, uma substância ou até uma pessoa, mas sim uma emoção não resolvida, uma necessidade que nasceu de feridas antigas? A carência por validação, aceitação ou por sentir-se “especial” pode ser tão viciante como qualquer droga. Por trás de cada desejo compulsivo existe sempre uma história: um medo de não ser suficiente, uma saudade de pertencermos a algo maior — ou simplesmente uma vontade de fugir à dor do quotidiano
O vício pode ser visto como um arquétipo universal — uma experiência pela qual todos passam em algum momento da vida. A diferença está em como essa experiência afeta cada pessoa. Para alguns, o vício é passageiro e não destrói suas vidas; para outros, como em casos graves de dependência, ele pode causar estragos profundos nas finanças, relacionamentos e saúde.
O poder para superar vícios está no alinhamento da mente (cabeça) com as emoções (coração). Esse equilíbrio permite que tomemos decisões congruentes e conscientes. Muitas vezes, mantemos uma separação entre o que pensamos e o que sentimos, criando um estado de divisão interna que alimenta o vício. Por exemplo, a mente pode dizer “não quero mais isso”, mas o coração clama por conforto, e a desconexão entre ambos gera escolhas fragmentadas e incongruentes.
Os vícios não se restringem a substâncias; eles podem manifestar-se como procrastinação, acúmulo de coisas, procura constante por aprovação ou controle sobre pessoas, podemos ver igualmente a ganancia pelo poder, ou dinheiro, a necessidade de mostrar o que possuímos, para onde viajamos, etc… Reconhecer esses padrões exige honestidade e reflexão sobre as áreas em que você se sente preso ou fora de controle.
Ter consciência de que você está sendo dominado por um vício é o primeiro passo para quebrar o ciclo. Muitas vezes, repetimos padrões sem perceber, porque eles fazem parte de um arquétipo de comportamento arraigado. A autoconsciência possibilita que comece a tomar decisões que aproximem mente e coração, permitindo escolhas verdadeiramente livres.
Superar vícios não é uma tarefa simples nem rápida. A melhor abordagem é focar em um momento, uma decisão por vez. Evite pensar no longo prazo como um desafio intransponível; em vez disso, celebre pequenas conquistas diárias e use técnicas de autocontrole, como respiração profunda, para lidar com a vontade imediata.
A maneira como falamos conosco mesmos influencia diretamente nossa capacidade de superar vícios. É fundamental eliminar do vocabulário palavras como “merecer” e “culpar”, que alimentam a autocomiseração — um terreno fértil para recaídas. Ao mesmo tempo, reservar um tempo para reconhecer sentimentos difíceis, como a tristeza ou a raiva, em horários pré-definidos pode ajudar a conter emoções sem permitir que elas dominem sua vida.
Vícios em relacionamentos são especialmente complexos, pois envolvem outra pessoa. Muitas vezes, esses vínculos são mantidos por uma necessidade não satisfeita de amor e aprovação. Reconhecer que um relacionamento tóxico não é real ou saudável é um passo crucial para libertar-se e procurar ligações que valorizem quem você realmente é.
A transformação só começa quando somos capazes de olhar para dentro, sem censura nem julgamento, reconhecendo os lugares onde o desejo cega e o vício se instala. É aqui que entra o autoconhecimento, esse processo de mergulho interior, onde aprendemos a distinguir a voz do medo da voz da nossa essência. Questionar o porquê dos nossos hábitos, observar as falhas sem vergonha, e, sobretudo, confiar que a liberdade não está fora, mas sim na coragem de recuperar o governo da nossa vida, devolve-nos ao nosso verdadeiro eixo.
Ninguém nasce a saber como se amar ou ser gentil consigo mesmo. Este é um aprendizado constante que envolve superar o papel de vítima e aceitar a própria solidão como um momento de autodescoberta e fortalecimento interior. Estar sozinho não é sinônimo de estar solitário; pelo contrário, é a oportunidade de se ligar a si mesmo e preparar-se para relacionamentos mais autênticos.
Nos momentos de crise e de clareza — epifanias — são as oportunidades poderosas para transformar os padrões e os hábitos. Quando a mente e o coração se alinham, a força para mudanças significativas surge, criando uma nova versão de si mesmo, capaz de fazer escolhas mais saudáveis e congruentes.
No cenário atual, o vício das notícias, especialmente em tempos de instabilidade política, pode ser tão prejudicial quanto vícios tradicionais. A constante exposição a informações negativas pode gerar ansiedade, medo e sensação de impotência. É essencial praticar o controle consciente da atenção e escolher o que realmente merece ser o seu foco.
Estamos entrando em um ciclo astrológico único, que simboliza uma nova era de transformação. Manter a disciplina e o equilíbrio emocional será fundamental para atravessar esse período com saúde mental e espiritual. O compromisso com o amor próprio e a resistência a forças negativas, como o medo e a raiva, serão as ferramentas para uma vida mais plena.
Mais do que julgar ou combater os vícios, importa perceber o que lhes dá origem. Cada padrão recorrente é, na verdade, um convite à evolução e maturidade emocional. A espiritualidade, a astrologia, o tarot, e até as práticas de meditação que cultivo há décadas, mostram-me todos os dias que o mais difícil é sair do ciclo de dependência invisível e aprender a celebrar a autonomia do ser
É um Plano Holístico é um conjunto personalizado de sessões, com o objetivo de tornar-se coerente com a sua essência, libertando-se das amarras do ego e das emoções, pensamentos e compulsões que anteriormente o limitavam.
Remembering that the Coaching Emocional Espiritual inclui ainda consultas personalizadas de Tarot, Astrologia e muito mais. Comece com uma sessão de alinhamento, para explorar o seu caminho.
Superar vícios e desejos que nos controlam é uma jornada profunda de autoconhecimento, disciplina emocional e alinhamento interior. Ao reconhecer as escolhas que nos dominam, aceitar nossa vulnerabilidade e trabalhar o equilíbrio entre mente e coração, podemos transformar padrões antigos e conquistar uma vida mais consciente e livre. A mudança começa no momento presente, um passo de cada vez, com compaixão e determinação.
1. O que são vícios além de substâncias como álcool e drogas?
Vícios também podem ser emocionais, como dependência de aprovação, controle ou atenção, que influenciam negativamente nossas decisões diárias.
2. Como posso identificar se sou viciado em algo?
Observe se algo externo está a assumir o controle das suas decisões ou se repete padrões que causam sofrimento ou perda de equilíbrio.
3. Qual a importância do alinhamento entre mente e coração?
Esse alinhamento permite decisões congruentes e conscientes, fundamentais para superar vícios e viver de forma integrada.
4. Como lidar com o vício em relacionamentos?
Reconheça a realidade da relação, aceite suas necessidades emocionais e procure ligações saudáveis que valorizem o seu verdadeiro ser.
5. Que estratégias práticas ajudam a superar vícios?
Foque em um momento de cada vez, cultive uma linguagem positiva consigo mesmo, reserve tempo para sentir emoções e mantenha disciplina diária.